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Plenitude gerada

Plenitude gerada

Junho 20, 2025

Maria

Todos os direitos de autor reservados

Célia M Fernandes

 

No seu dia a dia, a filha Carolina ajudava a tratar dos animais da associação. Tinha adoração pelos animais, brincava muito e quando começou a frequentar a escola, nos tempos livres, dava comida, prestava atenção, cuidava ... fazia o que lhe permitia ser feito para dar o seu cuidado.

" - Vou ser doutora dos bichos!" - Dzia ela, ainda com tenra idade. Os pais viam com atenção a menina a crescer e a sua vonade em estar sempre com os animais. Provavelmente iria trabalhar com eles no futuro, pensavam ...

Tudo era bom no que a menina fazia e se ela um dia fosse veterinária, ajudaria muita a associação. Com o tempo de estudos, Carolina dedicou-se mesmo a essa área e queria continuar a estudar depois do secundário, mas entretanto um dia adoeceu e foi às urgências acompanhada da mãe.

Depois de vários exames, saiaram os resultados de problemas nos rins que teriam de ser feitos vários tratamentos para não surgir problemas mais graves. Os pais sentiram-se desamparados, a vida estava a desafiá-los para se materem fortes naquela situação. Lídia e e Ismael informaram-se o melhor possível sobre o assunto para recorrer a alternativas médicas e tratar do problema.

Fausto não largava por um instante, Carolina. Sentia que ela precisava muito da sua atenção. Era companhia sempre da rapariga para todos os momentos, todas as horas. Simplesmente não largava a rapariga. Quando Carolina terminou as aulas estava melhor e tinha conseguido fazer as provas e exames a tempo, para acabar o ensino secundário.

Felizmente, a saúde melhorou e depois de terminado um ciclo viriam novos desafios, outras aulas, um ambiente diferente e novos colegas.

A vida pregou este desafio mesmo numa altura complicada da escola, mas conseguiram superar tudo. Carolina adorava o Fausto, tinha sido inacansável na companhia que fez e o apoio que deu, naqueles dias de angústia e tristeza, mas felizmente acabaram. O animal foi um amigo muito fiel pois muitas vezes, ele foi a única companhia da menina, enquanto os pais, estavam nas suas vidas de trabalho.

A associação tinha o nome do casal mas passou a ter o nome do Fausto, foi assim que decidiram homenagear o velho amigo de todas as horas.

O cão já estava a envelhecer, muitos anos passaram e um dia, ele não acordou mais.

Carolina chorou e chorou muito pela sentida morte de Fausto. Amava-o, tinha sido um grande companheiro e amigo de todas as horas de brincadeira e sentiu-se destroçada. A vida é assim, diziam os pais que também sentiram muito a perda. Temos de nos conformar, dizia Lídia. A vida é um sopro...

 

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